Stroke: insônia pode estar relacionada a um maior risco de derrame, principalmente em adultos jovens

Stroke: insônia pode estar relacionada a um maior risco de derrame, principalmente em adultos jovens

Os estudos que avaliam o impacto da insônia no risco de derrameainda são poucos. O objetivo do estudo publicado pelo periódicoStroke foi investigar a associação da insônia com os acidentesvasculares cerebrais durante um período de quatro anos de acompanhamento.

Dados da base Taiwan National Health Insurance Research Databaseforam utilizados na pesquisa. Os inscritos na Classificação Internacional de Doenças, nona revisão, com o código diagnóstico para insônia foram comparados aleatoriamente com indivíduos sem insônia, pareados por idade e sexo, com internação posterior poracidente vascular cerebral durante quatro anos de acompanhamento. Todos os inscritos, insones e não insones, não tinham diagnóstico prévio de acidente vascular cerebral (AVC), apneia do sono e insônia. Indivíduos com insônia foram ainda classificados em diferentes subgrupos baseados em seus padrões de insônia para explorar se o risco de AVC varia conforme o subtipo de insônia. O risco dos resultados foi avaliado com curvas de Kaplan-Meier e o impacto da insônia foi estimado utilizando a análise de regressão de Poisson e modelos de risco proporcional de Cox.

O estudo incluiu 21.438 (idade média de 52 ± 16 anos) insones e 64.314 não insones pareados (idade média de 51 ± 16 anos). Comparados aos não insones, os insones tiveram 54% maior risco de desenvolver acidente vascular cerebral.

Quando separados por subgrupos de insônia, os insones persistentes tiveram uma taxa de incidênciaacumulada de derrame de três anos mais elevada do que aqueles no grupo de remissão (P=0,024). A taxa deincidência de acidente vascular cerebral dos insones para os sem insônia foi maior entre aqueles com idade entre 18 a 34 anos.

Concluiu-se que a insônia predispõe os indivíduos ao aumento do risco de acidente vascular cerebral e essa associação é importante entre os adultos jovens. Os resultados sublinham a importância clínica de identificar e tratar a insônia. Uma intervenção comportamental visando a terapêutica da insônia que possa prevenir o AVC deve ser explorada.

Fonte: Stroke, publicação online de 3 de abril de 2014